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    Morte súbita no esporte

    Cardiologista fala sobre os motivos da morte inesperada durante uma atividade física

    Por Mônica Neves

    A prática de atividade física é sinônimo de diversão, bem-estar e saúde. Quando realizada de forma correta proporciona diversos benefícios para o organismo, além de prevenir doenças. No entanto, é fundamental, especialmente em atividades mais intensas a realização de um exame médico desportivo. Isso porque muitas pessoas podem ter doenças cardiovasculares, muitas vezes sem sintomas, sendo um risco para a prática de exercícios físicos de alta intensidade.

    De acordo com o cardiologista e especialista em medicina do exercício e do esporte, Dr. Marcelo Leitão, a morte súbita no esporte ocorre 95% das vezes em decorrência de doenças cardiovasculares. Nos atletas jovens, com menos de 35 anos, as principais causas de morte súbita são as doenças cardíacas congênitas, aquelas presentes desde o nascimento, mas que podem ser silenciosas ou só se manifestarem tardiamente.

    A cardiomiopatia hipertrófica é o tipo mais comum de doença cardíaca de origem genética relacionada a morte súbita no esporte. Ela se caracteriza pelo aumento da espessura do músculo do coração (miocárdio), fazendo com que seja mais difícil para o coração bombear o sangue. “É a situação mais frequente”, comenta o médico. Já acima de 35 anos de idade as doenças das artérias coronárias respondem pela grande maioria dos eventos de morte súbita no esporte.

    Segundo o especialista, dor no peito, na região do pescoço, ou na região superior do abdômen desencadeada pelo esforço, falta de ar, episódios de tonturas ou desmaios são sintomas que podem preceder a morte súbita. “O maior erro que se pode cometer é menosprezar estes sintomas”, diz o cardiologista.

    Dr. Marcelo destaca ainda que o uso de drogas ilícitas como a cocaína podem estar associada a morte súbita no exercício, assim como substâncias lícitas como a cafeína, quando ingeridas em altas doses.

    Prevenção acima de tudo

    A maneira mais eficaz de prevenir a morte súbita é fazer uma avaliação médica periódica. Praticar exercícios físicos dentro dos limites estabelecidos também ajuda a evitar este tipo de evento. “Pessoas portadoras de arritmias cardíacas ou de qualquer outro tipo de doença cardiovascular não apenas podem, mas devem praticar exercícios. O ponto fundamental é que esta prática deve ser baseada numa prescrição adequada”, comenta o médico.

    O que fazer

    A causa mais comum da “parada cardíaca” é uma arritmia chamada de fibrilação ventricular. É uma situação na qual há uma desorganização da atividade elétrica do coração, e assim, o coração para de bombear sangue efetivamente. Uma pessoa que sofre uma morte súbita durante a prática esportiva, seja por um infarto agudo do miocárdio, seja por miocardiopatia hipertrófica, na grande maioria das vezes apresentará a fibrilação ventricular como mecanismo de parada cardiorrespiratória”, explica Dr. Leitão.

    Quem presencia este tipo de ocorrência deve em primeiro lugar pedir auxílio e chamar um serviço de atendimento de emergência (SAMU/SIATE). Se tiver treinamento adequado, deve iniciar imediatamente as manobras de ressuscitação cardiopulmonar, com ênfase nas compressões torácicas (massagem cardíaca). “Há diversas pesquisas que mostram claramente que a chance de sucesso no atendimento de uma parada cardiorrespiratória é duas vezes maior se alguém executou as manobras básicas de ressuscitação até a chegada de um serviço de emergência”, destaca o cardiologista.

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    O jeito certo de tomar medicamentos

    Como os medicamentos agem no organismo e o jeito certo de tomá-los

    Por Mônica Neves

    Xarope, injeção, cápsulas, comprimidos dispersíveis. Diversas opções de medicamentos é o que não faltam nas farmácias, o que pode deixar qualquer pessoa em dúvida, na hora de comprar o medicamento. Mas são poucos os que podem ser tomados por conta própria. Pelo contrário, podem até criar outros problemas para a saúde se não forem consumidos da maneira correta.

    Segundo o farmacêutico do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), de Curitiba, Rafael Lagher,não se deve tomar nenhum medicamento sem orientação de um médico ou do farmacêutico. A automedicação pode ser muito prejudicial e muitas vezes os danos causados pelo uso incorreto podem ser silenciosos. “Temos um exemplo clássico dos analgésicos, medicamento de venda livre em farmácias, que se usados indiscriminadamente, podem causar danos hepáticos graves”, orienta.

    Para quem tem alergia, é essencial também saber tudo o que pode ter dentro do remédio. Por exemplo, leite, clara de ovo, café e corantes são substâncias extremamente comuns nos medicamentos e, caso um alérgico consuma esse produto, pode ter um problema ainda maior do que já tem. Em algumas situações, os medicamentos também interagem com alimentos. Essas interações podem comprometer seriamente o tratamento, potencializando reações adversas ou diminuindo os efeitos terapêuticos.

    Como tomar

    A água é o líquido mais indicado pelos médicos, pois não interfere na ação do medicamento. “Em alguns casos, pode ser ingerido com suco de frutas e leite, porém é preciso ter cautela, pois a presença de substâncias naturais, pode inativar o medicamento”, afirma o farmacêutico.

    Em outras situações,para evitar o desconforto gastrointestinal, recomenda-se a ingestão com alimentos. “Isso vai depender da apresentação e característica de cada medicamento, alguns têm sua absorção melhorada com estômago cheio e outros precisam ser tomados em jejum”, destaca o especialista.

    Tomar medicamentos com chá, também não é recomendado, pois muitas ervas possuem ação de inibição ou potencialização dos efeitos dos medicamentos. “ Chás de valeriana, erva de são joão, kawa-kawa, podem provocar sedação excessiva”, explica o farmacêutico. O uso com álcool também não é recomendado.

    Alguns medicamentos podem ainda, interagir inativando ou potencializando o efeito um do outro. “Nesses casos em que o paciente realmente necessita dos dois medicamentos e se identifica uma interação entre eles, recomenda-se o espaçamento da dose”, orienta o especialista. Portanto é muito importante se informar sobre a utilização correta do medicamento com o médico ou farmacêutico.

    Como o medicamento age no organismo

    Quando um medicamento é ingerido, ele vai para o estômago e se não tiver uma cápsula protetora para conter as enzimas, parte do princípio ativo do remédio já será absorvida no estômago, entrando na corrente sanguínea. Do estômago vai para o intestino, onde ocorre a maior parte da absorção do princípio ativo, devido ao grande número de vasos sanguíneos. Uma vez dentro de um vaso sanguíneo, o princípio ativo do remédio começa a circular pelas artérias e veias do organismo, responsáveis por levar a substância química do remédio até o exato ponto onde ela precisa agir.

    O segredo do remédio é que ele só entra em ação quando seu princípio ativo interage com moléculas do corpo chamadas de receptores. Como cada órgão tem receptores específicos, o medicamento só age quando seu princípio ativo encontra moléculas que se “encaixem” perfeitamente com sua fórmula química. “Beta bloqueadores, tem ação específica em células cardíacas, antiinflamatórios têm ação específica na inibição de enzimas responsáveis pela inflamação, antibióticos vão ter ação sobre os agentes causadores da infecção”, explica o farmacêutico.

    O alívio dos sintomas, varia de acordo com cada indicação do medicamento. Existem os injetáveis, que possuem ação mais rápida, pois são colocados diretamente na corrente sanguínea, ao contrário dos usados via oral, em que o medicamento precisa primeiro passar pela etapa de absorção para depois agir na corrente sanguínea e ter a sua ação. “É o caso de antibióticos, que possuem tempo dependente para matar as bactérias causadoras da infecção, já por exemplo o medicamento sublingual, possui mecanismos de absorção e distribuição pelo corpo mais acelerada”, diz.

    Tipos mais comuns de medicamentos

    Comprimidos – Geralmente usado por adultos, e a forma mais utilizada, em que o trato gastrointestinal esteja íntegro.

    Drágeas – A diferença de apresentação para o comprimido é que a drágea parece um confete e essa “casquinha” é responsável por proteger a substância ativa ao ataque do suco gástrico (HCL) do estômago para ser absorvido somente no intestino.

    Comprimidos de liberação prolongada – Utilizado quando se deseja obter uma ação mais longa do medicamento no organismo. Essa apresentação libera a substância ativa no organismo gradualmente, e o medicamento age no sangue por mais tempo.

    Cápsulas Essa apresentação é usada para algumas formas farmacêuticas que precisam ser absorvidas diretamente no estômago pois possuem invólucro feito de gelatina que “derrete” com calor e ação do suco gástrico.

    Xaropes – usado geralmente por crianças e idosos quando a deglutição está comprometida ou ineficiente.

    Soluções orais – O efeito é mais rápido também nesse tipo de apresentação quando comparado ao tempo de absorção de medicamentos em formas farmacêuticas sólidas.

    Comprimidos dispersíveis– Utilizados com água e posteriormente ingeridos, isso se faz necessário para se aumentar a área de absorção do medicamento.

    Granulados – usados geralmente para ação local. Um exemplo clássico, são os antiácidos efervescentes onde o bicarbonato de sódio tem ação de neutralizar através de uma reação ácido base o ácido clorídrico do estômago.

    Soluções injetáveis – a grande maioria das soluções injetáveis são usadas em ambiente hospitalar onde pacientes precisam da ação do medicamento mais rápida ou em muitos casos a própria apresentação do medicamento exige que ele seja feito injetável.

    Suspensões injetáveis – são feitas geralmente por via intramuscular por uma necessidade de apresentação, pois não são solúveis em água ou outro veículo específico.

    Cremes e Pomadas – A diferença da apresentação pomada para creme é a composição, onde a pomada é indicada para formar um filme oleoso protetor para a pele e o creme é uma apresentação mais líquida. A escolha vai depender do tipo de ferida que o paciente apresenta geralmente.

    Colírios – Apresentações com indicação oftálmica, geralmente usados para tratamento ou preparação para exames.

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    Saúde de quem vive em Curitiba

    Problemas respiratórios, imunidade baixa, falta de vitamina D, depressão sazonal, são algumas das doenças que mais afetam os curitibanos

    Por Mônica Neves

    Todo bom curitibano já sabe: a capital paranaense é uma das cidades conhecidas com um dos maiores índices de instabilidade climática do país. O clima pode mudar em questão de minutos, e as quatro estações do ano podem ser observadas com o passar das horas.

    Com termômetros oscilando entre 7ºC e 30ºC, a saúde fica comprometida e não há imunidade que aguente passar de uma temperatura para outra sem o corpo sentir.

    O outono e inverno são períodos do ano nos quais habitualmente as doenças respiratórias aumentam na cidade. “O clima frio aumenta os casos de bronquites, sinusites, traqueítes, alergias e doenças respiratórias”, afirma o médico otorrinolaringologista do HNSG, Dr. Herton Coiffman.

    Existem dois tipos de doenças respiratórias, mais propensas às imunológicas e as infecciosas. As doenças imunológicas ocorrem quando o sistema imunológico não está funcionando corretamente e como resultado as pessoas ficam mais suscetíveis a contrair doenças como a rinite, ou outras de quadro alérgico. Já doenças infecciosas são aquelas, causadas por vírus ou bactérias, conhecidas como as gripes, resfriados e sinusites.

    Para amenizar estes problemas o especialista alerta. “É importante sempre sair bem agasalhado nos dias de frio, e colocar sempre os casacos e roupas de cama no sol para eliminar os ácaros”, orienta. “A umidade, o mofo e os ácaros se alojam entre os tecidos e isso facilita o contato com as pessoas, resultando em irritações”, destaca.

    O médico também recomenda evitar ambientes fechados e com aglomerações, devido a “socialização dos germes” – um dos fatores que podem comprometer a imunidade. “Para melhorar a imunidade, além de evitar estes ambientes, uma boa alimentação e dormir bem, são essenciais”, diz o médico.

    A nutricionista do HNSG, Rosangela Teodorovicz, indica: “Para melhorar o sistema imunológico, a alimentação deve ser rica em frutas cítricas, alho, gengibre, cenoura, couve, tomate, feijões, leite, cereais integrais, nozes, mel e leite fermentado”, destaca.

     

     

    Vitamina D

    Além dos cuidados com a saúde respiratória, a falta de vitamina D, também é bastante comum. O sol é responsável por cerca de 90% da aquisição da vitamina. Porém no ano passado, Curitiba registrou apenas 116 dias de sol.

    Os dados são de um aplicativo criado pela Embratur. Pela ferramenta,disponível na internet, é possível ver as cidades que menos tiveram incidência de sol em 2013. A capital paranaense teve menos dias de sol que Londres, que registrou 142 dias ensolarados.

    A maior parte da vitamina D no organismo, é obtida luz do sol. Sua falta no organismo, pode trazer sérias consequências.“O mais grave é a alteração do metabolismo ósseo, com perda de massa óssea, que pode causar osteoporose e consequentemente a fraturas”, afirma o médico ortopedista do HNSG, Dr. Renato Raad,

    De acordo com o especialista, esta é uma condição sem sintomas, e o paciente somente acaba descobrindo a falta de vitamina, quando vai a uma consulta médica, ou após sofrer uma fratura. “ A falta da vitamina é diagnosticada pelo exame de sangue ou pela densitometria óssea”, explica o médico.

    O tratamento é feito com reposição da vitamina, exposição ao sol e atividades físicas. “Devemos ficar o máximo de tempo no sol, com no mínimo 30 minutos por dia”, orienta Dr. Raad. A região do tórax é a parte do corpo que mais deve ficar exposta. Quanto aos horários, o médico recomenda, que o ideal é tomar sol até às 10h e depois das 16h. “Nestes horários não necessita utilizar o filtro solar e sem dúvida devemos usá-lo nos outros horários”, destaca.

    Depressão Sazonal

    Para algumas pessoas os dias sem sol, podem ocasionar preguiça, mau-humor, desânimo e tristeza. Dependendo do grau dos sintomas, essa oscilação de humor pode ser o que a medicina denomina como depressão sazonal.

    O psiquiatra do HNSG, Dr. Augusto Canto, explica que a depressão sazonal é um padrão de episódios depressivos em determinadas estações do ano – mais comumente no início do outono e inverno, com remissão na primavera e no verão. A doença, acomete mais as mulheres, e os sintomas são atípicos. “Sonolência excessiva, aumento do apetite,ausência de ânimo, preguiça, ganho de peso e desejo por carboidratos são frequentes”, alerta.

    A doença pode corresponder por até 10% de casos da população com depressão. “Caso você, ou pessoas por perto, percebam que seu humor fica mais depressivo, nesses períodos do ano, consecutivos por mais de dois anos, você poderá sofrer de depressão sazonal”, alerta o médico. O tratamento é feito com fototerapia e antidepressivos. “É muito importante procurar ajuda de um especialista pois existe tratamento eficaz”, destaca o médico.

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