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    Asma

    Frio e ar seco são fatores que podem desencadear a doença.

    O inverno é um período favorável para desencadear diversas doenças. A estação fria e o ar seco transformam-se em mecanismo irritante das vias aéreas o que pode propiciar crises de asma. “A asma é uma inflamação aguda das vias aéreas, que causa o fechamento dos brônquios, levando a dificuldades respiratórias”, explica o pneumologista do Hospital Nossa Senhora das Graças, Dr. João Adriano de Barros.

    Seu sintoma é caracterizado, principalmente, por dificuldade respiratória (falta de ar), tosse seca, chiado ou ruído no peito e ansiedade.“Se não for devidamente controlada, a asma pode interferir em toda função pulmonar do indivíduo, levando a infecções pulmonares e pneumonia”, ressalta o pneumologista.

    A doença propicia também o aparecimento de refluxo do estômago para o esôfago e pode gerar alterações crônicas brônquicas como bronquiectasias (brônquios dilatados e deformados) e bronquite irreversível. “Se não for adequadamente tratada, além das frequentes ida ao pronto-socorro e internações, a asma pode levar à morte”, enfatiza o pneumologista.

    Sintomas e tratamento

    Os sintomas da doença podem surgir em qualquer fase da vida. “O mais comum é aparecerem na infância, porém podem ocorrer muito tempo depois. Há pacientes que começam a ter crises quando são idosos”, conta o pneumologista. É importante ressaltar que há pessoas alérgicas que não desenvolvem o problema. “A manifestação da alergia é variável. Podemos dizer que a maioria dos pacientes com asma são alérgicos, porém nem todo alérgico tem ou terá asma”, informa Dr. João Adriano.

    O diagnóstico da doença é feito por consulta médica, testes físicos e pela espirometria, exame que mede a função pulmonar. O tratamento é realizado com o uso de medicamentos anti-inflamatórios e preventivos e de medicamentos inalados, que, segundo o pneumologista, costumam ser mais eficazes.

    Uma boa educação sobre a doença também é necessária. “Não adianta agir como se ela não existisse. Usar os medicamentos indicados diariamente, retirar todos os fatores agravantes da asma (tapete, cortina, livros no quarto, bichos de pelúcia, etc.) e aliar esses cuidados com exercícios físicos, controle do peso e de estresse emocional é essencial para um bom controle da doença”, ensina.

    A asma costuma afetar muito a qualidade de vida do paciente, por isso, o seu controle e dedicação no tratamento são tão importantes. “Alterações no sono, em suas atividades físicas e de lazer são comuns quando o tratamento não é adequado”, salienta o médico.

     

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    Séries: dependência silenciosa

    Saiba como as séries alteram a vida por trás da TV.

    Em tempos em que séries de TV são lançadas todos os meses, com uma infinidade de temas, e com o acesso a elas cada vez mais facilitados, torna-se muito comum ouvir as pessoas conversando sobre o tema, compartilhando em redes sociais e até mesmo declarando estarem “viciadas”.

    Mas até que ponto essa afirmação é correta? É possível estar “viciado” em uma série? Segundo José Palcoski, psicólogo do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), não é plenamente correto dizer que está viciado em uma série , pois qualquer dependência esta relacionada a algum tipo de substância. “É mais um processo de profundo envolvimento, algo mais afetivo e movido pela curiosidade e pelo desejo de conhecimento das resoluções dos fatos e temas apresentados’, avalia.

    Ao assistir uma série, acontece o que a psicologia define como “processo de identificação” com alguns personagens, baseado naquilo que gostaríamos para nossa vida ou mesmo em situações de imitação do comportamento do personagem. “Como a série acaba trazendo temas que são significativos em nossa história, isto faz com que mergulhemos no processo dos personagens, muitas vezes nos familiarizando com as tramas por eles vividas, e integrando em nosso repertório de comportamentos as vivencias por eles representadas”, explica.

    Existe, ainda, o processo de curiosidade de sempre querer saber o que vai acontecer, pois diferentemente de um filme, que tem a duração média de 2 horas, a série é formada por capítulos de 40 minutos e que se reproduzem semanalmente, possuindo como característica o término de cada capítulo sempre sem seu clímax. “Despertando o desejo de conhecer a solução dada pelo personagem, pois na verdade isso funciona como um ensaio para situações que possam ser vividas em nossas vidas”, ressalta.

    Mas, apesar de acontecer esse processo de identificação, José garante que uma série não altera a personalidade do telespectador. “A série pode apenas exacerbar alguns traços que a pessoa já possui, baseado no processo de imitação frente a um personagem que ela tenha maior identificação”, diz.

    O psicólogo esclarece que a série de TV deve ser encarada como um passa tempo ou hobby, um momento de relaxamento que faça com que as pessoas possam mudar o pensamento de tudo aquilo que gere estresse no dia a dia. Isso porque o comportamento de se manter focado apenas em séries pode trazer alguns prejuízos, como o desenvolvimento social, perdendo oportunidades de socializar e, com o tempo, isso pode se tornar uma restrição social. “ O ponto focal da restrição social esta na possibilidade de a pessoa passar a desenvolver um processo de isolamento social, o pode vir a gerar um processo de depressão. E assim a pessoa acaba entrando em um ciclo vicioso”, revela.

    É importante ter moderação e para saber se você ou alguém que conhece está passando por este processo é preciso observar alguns sinais. “É necessário notar se a pessoa realiza apenas essa atividade fora do seu horário de trabalho. Notar se busca inúmeras oportunidades para assistir séries, se perde o interesse por outras situações de vida social, profissional ou mesmo familiar, apenas se interessando pela série”, esclarece.

    Além disso, demonstrar interesse apenas por assuntos relacionados às séries que tem assistido também pode ser um sinal de alerta. “ buscar programas, blogs e demais veículos de comunicação que estejam descrevendo, comentando, realizando spoilers, ou qualquer outra situação relacionada apenas à serie também pode ser um sinal”, fala.

    Ao notar esses sinais, o psicólogo conta que existem algumas atitudes iniciais que pode ser tomadas. “Primeiramente, buscar entender qual a temática que esta conversando com a pessoa, pois muitas vezes ela vive na série o que lhe falta na vida real. Depois, buscar formas de fazer esta pessoa viver em sua vida aquilo que lhe convida a série – na medida do possível”, exemplifica.

    Outra alternativa é mostrar que todo o tipo de excesso irá trazer prejuízos, e pontuar que o segredo é o equilíbrio entre as suas tarefas e os seus passatempos. “Se mesmo assim a pessoa se mostrar extremamente fixada na situação e manter o comportamento evitativo para outras possibilidades, deve-se oferecer e oportunizar uma avaliação psicológica para aprofundar a explicação do que possa estar acontecendo em seu meio social”, conclui.

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    O que comer fora de casa.

    Nutricionista dá dicas de como se comportar sem exageros em restaurantes.

    Na hora de fazer uma refeição fora de casa, seja na correria do dia a dia ou para celebrar um momento especial, muita gente acaba cometendo excessos na alimentação. A nutricionista do Hospital Nossa Senhora das Graças, Maria Inez Fuentes, diz que tudo começa com a escolha do tipo de restaurante e dá dicas de como optar por refeições mais saudáveis em restaurantes com culinárias diferentes.

    Restaurantes que servem a La Carte

    Em um restaurante a la carte, por exemplo, alguns alimentos são mais calóricos, não podendo ser substituídos, por serem de pratos fixos. Segundo Maria Inez, antes de fazer o pedido é sempre muito importante analisar todas as preparações que são oferecidas. “O ideal é primeiramente se servir de saladas e temperá-las o mínimo possível. Cuidado com as preparações não saudáveis que normalmente estão disponíveis no cardápio, como frituras, conservas ou ainda temperos prontos”, alerta.

    Outra dica é escolher pratos que são preparados na forma cozida, assada ou grelhada e optar por apenas um tipo de carboidrato. “Prefira massas cozidas ou assadas e integrais, mas se optar pelas refinadas prefira uma porção pequena”, comenta a nutricionista.

    Restaurante Italiano

    Nos restaurantes italianos as refeições são mais calóricas.“Prefira macarrão, pães e pizzas com recheios de carnes magras, queijos brancos e pouco óleo ou manteiga. E massas que são preparadas com temperos naturais, evitando temperos prontos e ricos em sódio”, recomenda Maria Inez. Em pizzarias, a preferência deve ser por recheios que incluam legumes, vegetais ou frutas. Deve-se evitar recheios com embutidos como linguiça, bacon, salame e presunto, adicionados de queijos como catupiry, cheddar, provolone e gorgonzola. Já a massa, quanto mais fina, melhor. “Algumas pizzarias já disponibilizam massas 100% integrais, que são mais saudáveis e ricas em fibras, que auxiliam no funcionamento intestinal”, conta.

    Churrascaria

    Com tantas variedades de carnes, em uma churrascaria, a dica da nutricionista é não estar em jejum prolongado e começar pelas saladas. “É importante também evitar carnes com gorduras aparentes, embutidos como linguiça, bacon, calabresa, e massas ao molho de queijo. E preferir preparações integrais, carnes magras, legumes e vegetais”, ressalta. Na hora da sobremesa, uma boa opção é escolher uma opção mais saudável, como a salada de frutas.

    Para quem não dispensa o abacaxi que acompanha as carnes, a nutricionista faz um alerta. “O abacaxi in natura é uma ótima opção, pois tem bromelina, que é uma enzima que favorece o processo de digestão. Porém, é preciso ter moderação já que na maioria das vezes ele passa por um processo que leva açúcar refinado na sua preparação, deixando-o mais calórico”, assegura.

    Restaurante Japonês

    Para quem acha que indo em restaurante japonês poderá comer à vontade, fica o aviso de que o equilíbrio também é necessário nessa gastronomia. “A culinária japonesa possui alimentos saudáveis como legumes, vegetais, frutas e peixes, porém apresenta fontes de carboidratos, como macarrão e arroz, sendo a base dos pratos, além de frituras com gorduras em imersão e o molho shoyu, que é rico em sódio e, por isso, deve ser consumido com moderação”, revela a nutricionista.

    Restaurante Mexicano

    Quando a gastronomia é mexicana o cuidado deve ser redobrado, afinal utiliza-se muito queijo, sal e temperos industrializados. “Um dos queijos mais calóricos é o cheddar, rico em gordura saturada, que contribui para o aumento da pressão sanguínea e favorecimento de doenças cardiovasculares. É bom ter cautela e lembrar que quanto mais amarelo for a coloração do queijo, mais gordura sua composição terá”, adverte.

    Outra questão para ser observada na culinária mexicana é a pimenta. Para quem tem problemas gástricos os pratos podem representar um problema sério. “A pimenta promove maior acidez gástrica e, com isso, pode aumentar a sensibilidade da mucosa do estômago, favorecendo o surgimento de gastrite ou úlcera”, indica.

    Happy Hour

    Em um happy hour com amigos, é muito comum ter batatas, cervejas, conservas e petiscos, tudo muito rico em sódio e gordura. A dra. Maria Inez adverte que é preciso ter muito cuidado. “Esses alimentos possuem calorias vazias, ou seja, são alimentos hipercalóricos e com baixo teor de nutrientes, além de serem ricos em sódio e gordura saturada. A dica é preferir preparações assadas com proteínas magras e vegetais, como exemplo o bolinho de carne assado e pães assados com gergelim”, diz.

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    Descongestionantes nasais

     

    O uso continuado e não orientado pode causar sérios problemas.

    Quando o nariz entope, muita gente não pensa duas vezes em ir à farmácia e comprar um descongestionante nasal por conta própria, para aliviar o incômodo – achando que usar o produto sem acompanhamento médico não trará problema. Segundo o otorrinolaringologista do Hospital Nossa Senhora das Graças, Dr. Cristiano Nakagawa, os descongestionantes proporcionam alívio imediato, e assim começa um dos casos mais clássicos de automedicação. “O uso continuado e não orientado por um médico otorrinolaringologista, faz com que o paciente necessite usar a medicação continuamente e cada vez mais frequente para obter um alívio respiratório”, comenta.

    O medicamento age fazendo uma vasoconstricção nasal, ou seja, diminui o fluxo sanguíneo dos chamados cornetos nasais, desobstruindo o nariz rapidamente.“O uso de descongestionante nasal é indicado para quadros de resfriado e sinusite aguda em um período não superior a cinco dias”, orienta o otorrinolaringologista. “Para rinite alérgica permanente e rinite, excetuando os casos citados o indicado são os corticóides tópicos nasais”, acrescenta.

    Antes de optar pelo uso desses medicamentos, o ideal é que o paciente consulte a opinião de um especialista. “Somente com avaliação médica adequada é possível definir o melhor tratamento. A causa da obstrução nasal pode ser um desvio de septo, pólipo nasal, entre outros”, destaca Dr. Cristiano.

    A otorrinolaringologista também do HNSG, Dra. Eliza Mendes, explica que no caso de pacientes que sofrem com sinusites de repetição é necessário fazer uma investigação detalhada, com exames de tomografia computadorizada de seios paranasais e endoscopia nasal. “É importante também evitar o uso indiscriminado de antibióticos, pois o uso abusivo pode causar resistência bacteriana, dificultando ainda mais o tratamento”, alerta a otorrinolaringologista.

    Algumas técnicas simples como – lavar as narinas com soro fisiológico, aumentar a umidade do ambiente deixando bacias com água nos quartos, ajudam aliviar o desconforto sem que seja necessário o uso do medicamento.

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    Não basta ser mulher moderna, tem que se cuidar

    Na tentativa de abraçar o mundo, a mulher ainda precisa de um tempo para cuidar de sua saúde.

    Levar o filho para a escola, trabalhar, cuidar da casa e do marido. Para a maioria das mulheres o dia a dia é assim. E com tantas atividades, como arranjar um tempo para cuidar de si mesma e ainda ter uma vida saudável?

    Nas últimas décadas, a mulher vem acumulando inúmeras responsabilidades e perdendo qualidade de vida. Muitas não conseguem se exercitar, ir ao médico com frequência e se alimentar bem. O resultado é o aparecimento de doenças cada vez mais precoces.

    “O estresse ganha evidência na mulher, porque nos últimos anos ela passou a ocupar um lugar de destaque no mercado de trabalho. Na necessidade de comprovar sua eficiência, gerando competição com o sexo masculino e entre elas mesmas, o estresse é inevitável”, destaca o médico cardiologista do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), Dr. Dalton Precoma.

    Segundo o especialista, o estresse é um dos principais riscos para a saúde do coração da mulher. Outros fatores que podem comprometer sua saúde são– o aumento das gorduras no sangue – colesterol e triglicerídeos, o fumo, diabetes, hipertensão arterial, obesidade e o sedentarismo. “Estes fatores são responsáveis por 90% das causas do infarto”, afirma.

    Os sintomas de que algo não vai bem, são diferentes do homem e podem surgir de forma silenciosa. “Uma das hipóteses são decorrentes da parte hormonal”, explica o cardiologista. As coronárias nas mulheres – artérias que que levam ao músculo cardíaco o sangue necessário ao seu funcionamento – são mais finas, e uma grande parte da dor torácica na mulher pode ser atípica, isto é, com características diferentes que o homem tem, como a dor intensa . Outros sinais que podem ser observados são o suor intenso, náusea e palidez cutâneo, que ocorrem em conjunto no momento do infarto. “Após a menopausa a mulher deve realizar exames anuais”, destaca o médico.

    Enxaqueca x hormônios femininos

    Outro fato que pode ser influenciado pelo estresse é a dor de cabeça, um dos sintomas que mais acomete as mulheres. “A enxaqueca, por exemplo, atinge quatro vezes mais as mulheres do que os homens”, aponta o neurologista do Hospital Nossa Senhora das Graças, Dr. Cleverson de Macedo Gracia.

    Ele explica que o alzheimer e a esclerose múltipla também são mais comuns no sexo feminino. A maior incidência dessas doenças é devido ao próprio organismo. “A ação dos hormônios femininos potencializam o seu surgimento”, explica o neurologista. Além disso, não existem formas de prevenção. “A enxaqueca é hereditária e a esclerose múltipla não possui uma causa conhecida”, conta. O Mal de Alzheimer também não tem grandes opções preventivas, exceto procurar exercitar a mente.

    Sucesso é bom e todo mundo gosta, mas vale desacelerar

    Planejamento, não assumir múltiplas tarefas que terá dificuldade de cumprir, ter uma dieta saudável, praticar exercícios físicos regulares, ter tempo para atividades sociais e familiares, tirar férias regularmente – são algumas das dicas do cardiologista para uma vida melhor e mais saudável.

    Já a sugestão do psicólogo do HNSG, José Palcoski, é o diálogo em casa para divisão de tarefas e rotinas. “Para amenizar o problema, a melhor dica é buscar conversar com o companheiro e buscar as praticidades do dia a dia”, sugere.

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    Síndrome Dolorosa Miofascial

    Doença é causada pelo sedentarismo ou sobrecarga de trabalho, e é umas das queixas mais frequentes em consultórios médicos.

    Tensão muscular intensa e prolongada, acompanhada de dor e sensação de fraqueza. Estes são alguns dos sintomas da síndrome dolorosa miofascial, doença pouco conhecida, porém cada vez mais observada na população devido ao sedentarismo associado a sobrecarga de trabalho. “Ela é a principal causa de dores musculares e uma das queixas mais frequentes em pronto-atendimentos dos hospitais”, explica a anestesiologia e especialista em dor do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), Cristina Martins.

    De acordo com a especialista, a síndrome miofascial, é caracterizada por dores em diversas partes do corpo, causadas pela tensão muscular intensa e prolongada. Seu aparecimento é mais comum a partir dos 30 anos de idade. “Mas pode ocorrer na infância até a velhice”, destaca Dra. Cristina.

    Pode surgir após grandes traumas, cirurgia na região, acidente com trauma da região- batidas, lesões, estiramentos – causado pelo alongamento excessivo, ou por microtraumas – sobrecarga da musculatura diária através de má postura e atividades repetidas associadas ao sedentarismo. “A dor piora com o repouso prolongado e também com a atividade física excessiva e pode apresentar também inchaço na região afetada”, explica a médica.

    Diferente da fibromialgia, a dor miofascial tende a ocorrer em pontos de gatilho – áreas localizadas que com o estímulo desencadeiam dor, ao contrário de pontos sensíveis da fibromialgia que tendem a se espalhar. Os locais mais acometidos são – pescoço, ombros, costas, costelas, região lombar e quadril. “É uma doença benigna mas que altera e reduz a qualidade de vida, portanto necessita de tratamento”, destaca a especialista.

    Se não tratada, a síndrome pode atingir outros músculos próximos por sensibilização a dor. “Quando temos dor nossa tendência é imobilizar a região dolorosa e com isso sobrecarregamos outros músculos para compensar os que estão imobilizados”, explica a especialista. Ela exemplifica: “Quando sentimos dor em um dos lados do quadril, sobrecarregamos o lado oposto, isto pode ocasionar dores em toda a estrutura” diz a médica.

    Diagnóstico e tratamento

    A médica explica que, apesar da dor, os exames de laboratório e de imagem costumam estar normais. O diagnóstico da doença é feito por um exame físico na região que o paciente sente a dor, denominada de banda de tensão muscular. Dentro dessa banda, encontra-se um ponto mais doloroso, que quando apertado reproduz a dor sentida pelo paciente, chamada de “ponto gatilho”. “Podemos observar inchaço na região atingida e a formação de pequenas depressões na pele que fica com “aspecto de casca de laranja”, diz a médica.

    O tratamento é feito com medicação e terapias físicas, para o alívio da dor – com medicação, liberação das bandas de tensão – por meio de massagem, alongamento muscular, laser, ou agulhas; e reabilitação com atividades físicas para alongamento e fortalecimento muscular.

    Prevenção

    A especialista dá algumas dicas para evitar o problema:

    – Fazer atividade física regular é a melhor saída para quem não quer ter dor miofascial.

    – Modificar posturas viciosas e incorretas no trabalho e na execução de tarefas diárias – como não ler na cama, não dormir no sofá, não utilizar o ombro para segurar o celular, cuidar ao levantar peso, sentar de forma correta.

    – Fazer pausas para alongamento e relaxamento quando a atividade é repetitiva.

    – Procurar reduzir o estresse – quem é muito estressado acaba desenvolvendo contraturas da região do pescoço e de ombros.

    – Dormir bem té fundamental: reservar ao menos de 6 a 8 horas diárias para um bom sono. É durante o sono profundo que nossa musculatura relaxa e libera a tensão.

    – Alimentação saudável também é muito importante.

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    O tênis correto para sua pisada

    Saiba como escolher o tipo de tênis adequado.

    Para quem não está acostumado, parece ser loucura levantar da cama cedo e sair correndo alguns quilômetros por aí. Já para quem pratica a corrida, além de ser uma atividade considerada “viciante”, a lista de benefícios para a saúde é imensa – faz bem para o coração, emagrece, diminui a pressão sanguínea, melhora a qualidade do sono, entre outros.

    Não é à toa que cada vez aumentam o número de adeptos a esta atividade. E o melhor, não é necessário ter muita estrutura nem investimento para praticar. Basta colocar uma roupa confortável e calçar um tênis apropriado. “Dessa forma, a atividade esportiva pode ser realizada com mais conforto e segurança e assim trazer todos os benefícios inerentes ao esporte”, destaca o ortopedista do Centro de Ortopedia do Hospital Nossa Senhora das Graças, Dr. Luiz Fernando Bonaroski.

    Isso quer dizer que o tênis para a prática do exercício não deve ser usado somente pela aparência, mas deve proporcionar estabilidade, amortecimento e conforto durante o exercício – evitando que o movimentos repetitivos ocasionem problemas ortopédicos – durante e até mesmo após a atividade física.

    Tipos de pisadas

    Outro ponto importante é buscar reconhecer qual é o tipo de pisada, pois cada pessoa pode ter uma diferente. Reconhecê-la pode evitar vícios de postura, lesões nos tornozelos, joelhos e na coluna.

    Segundo o ortopedista, existem basicamente três tipos de pisadas – neutra, supinada (apoio maior sob a borda externa do pé) e pronada (apoio maior sob a borda interna do pé). “Na pronada há maior necessidade que o tênis proporcione mais estabilidade aos pés, pois se trata de um pé com maior frouxidão ligamentar”, orienta o ortopedista. “Já nas pisadas neutra e supinada, há necessidade de maior conforto, já que são pés mais estáveis por natureza”, complementa.

    O tipo de pisada pode ser identificado por uma avaliação especializada com profissional da área por um exame físico. “Uma outra forma é através do tipo de desgaste do tênis. Algumas lojas especializadas possuem dispositivos com esse objetivo. Em casos mais específicos, pode ser utilizado um exame que se chama baropodometria”, explica o ortopedista.

    O médico explica que de maneira geral, os tênis são elaborados para atender essa demanda, porém com a alta tecnologia envolvida, alguns modelos servem para qualquer pisada. “Todos os tênis de corrida possuem algum tipo de sistema de amortecimento. Nas pisadas neutra e supinada,o amortecedor precisa ser um pouco mais efetivo”, orienta o médico.

    Em relação a adaptação de um tipo de tênis, o especialista diz que pode variar de pessoa para pessoa. “Mas é fundamental escolher um modelo adequado para corrida e ter orientação de profissionais nessa escolha”, diz.

    Outro cuidado que deve ser observado é quanto ao desgaste do tênis. “Após um certo tempo de uso , que vai variar de acordo com a quantidade que é utilizado, o tênis tem que ser trocado com uma certa frequência pois à medida que vai gastando, ele vai perdendo suas características de conforto e estabilidade”, orienta Dr. Bonaroski.

    No caso de corridas em esteiras, o médico recomenda utilizar um modelo mais leve de tênis, pois a esteira já promove uma certa absorção do impacto.

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